Maya Angelou – Fins de outubro

Cuidadosamente
as folhas de outono
soltam o som
baixíssimo de pequenas mortes
e os céus saciados
de pores do sol corados
de amanheceres rosados
se agitam incessantemente em
cinzas de teia de aranha e tornam-se
pretos
para conforto.
 
Apenas os amantes
veem a queda
o último sinal do fim
um gesto áspero de alerta
para aqueles que não ficarão alarmados
porque começamos a parar
simplesmente
para começar
de novo.

Maya Angelou, Poesia Completa