Quando o amor é uma cortina cintilante
Diante de uma porta ao acaso
Que leva para um mundo duvidoso
Onde se baila uma dança macabra
De ossos que chacoalham silenciosamente
De olhos cegos que rolam
De grossos lábios contraídos, renegado
Milhares de sinais pulverizados,
Onde o contato é pelo sentir
E a vida, uma prostituta cansada
Eu seria levada, sem gentileza
Para beira-mar,
Onde o amor é o grito da angústia
E nenhuma cortina esconde a porta.
Maya Angelou, Poesia completa – Tradução, Lubi Prates
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