Sinto como te ouço
E faço um esboço
Com os olhos que tenho,
Toco-te com sufoco
Cheiro-te com os dedos
E tu partilhas segredos
Sinestesia de cortesia
Que te seduz
Algo que te conduz…
Mas sem te dizer o caminho
E eu aproximo-me
mas sem chegar perto
Metáforas de alegorias
Mas sem grandes magias
Mas tu fantasias…
E ficas anestesiado
Entorpecido obstinado…
Tanto vez que nada percebes
Preferes ser do que existir
Até mais do que sentir
E eu…
Entretida entre mundos e fundos
Continuo…
Sem dedos para te cheirar,
Surda para não te sentir,
Cega para não te esboçar…
Sem ar para te tocar…
Não compreendo…
Porque continuo sem ar…
Mer Rose, Fragmentos Sedimentados