Te amo no silêncio do tempo.
no espaço das eras, na beleza das ninfas.
Amo na ausência dos abraços.
Na loucura dos insanos, na saudade dos perdidos.
Te amo na luz do luar, na certeza do errar,
na previsibilidade do sol das próximas manhãs.
Eu amo no descaso do destino,
na grandeza do infinito, nas limitações dos átomos.
E nos percalços do caminho eu te amo.
Na verdade das crianças, na inteligência dos velhos,
na negligência dos homens, na piedade das mães.
E não te amo apenas no sol, mas nas tempestades também.
Amo nas contestações e naqueles que dizem amém.
Eu te amo no amor, puro por natureza;
E na tristeza da ausência e na alegria da presença.
No dilúvio das bocas e na secura das escolhas.
Eu te amo, e amo, e te amo.
Até toda e qualquer palavra perder seu significado.
Mimis Silva, As minhas razões do amor
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