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Olavo Bilac – O Sol

Salve, Sol glorioso! Ao teu clarão fecundo,
A natureza canta e se extasia o mundo.
Que tristeza, que dó, quando desapareces!
Vens, e a terra estragada e feia reverdeces;
Abres com o teu calor as sebes perfumadas;
Dás flores ao verdor das moitas orvalhadas;
Os ninhos aquecendo, as gargantas das aves
Dás gorjeios de amor, e harmonias suaves;
E, cintilando sobre os tufos de verdura,
Em cada ramo põe uma fruta madura.

A noite é como a morte; o dia é como a vida.
Ó Sol, quando te vais, a alma vaga perdida…

Os pensamentos mais são os filhos da treva:
Fogem, quando a brilhar, no horizonte se eleva
O Sol, pai to trabalho, o Sol, pai da alegria…

Salve, anúncio da Vida, e portador do Dia!

Olavo Bilac, Poesias Infantis

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