Amor, amor, oh separada minha
por tantas vezes mar como neve e distância,
mínima e misteriosa, rodeada
de eternidade, agradeço
não só teu olhar de donzela,
tua brancura oculta, rosa secreta, mas
o esplendor moral de teus estátuas,
a paz abandonada que me confiasse nas mãos:
o dia detido em tua garganta.
Pablo Neruda, A rosa separada
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