Uma árvore nova
à beira da estrada.
E que mais bela prova
te seria dada?
No inverno dos galhos
só uma flor amarela.
E que mais bela prova
que saber dela?
Uma flor que, em silêncio,
os lábios descerra.
E que mais bela prova
dum pouco de terra?
E uma abelha que suga
o mel que lhe deixaste.
E que mais bela prova
que tanto vos baste?
Papiniano Carlos, Poesia em Moçambique
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