Patativa de Assaré – Ciúme
Tal qual a ave noturna quando agoura
Que até faz a criança apavorar,
O ciúme lhe fez não me entregar
O soneto que eu fiz à professora.
É bem livre e liberta a nossa loura
Como o pássaro que voa pelo ar,
Para a mesma prender e dominar
Tua força não é superiora.
Ciumento, egoísta, tenha calma
E não queira perder a sua alma,
É preciso saber que existe Deus.
Se, com manhas, trapaças ou enredos,
Eu não quero saber dos teus segredos,
Não procure também saber dos meus.
Patativa de Assaré, Melhores Poemas