Ninguém dirá ao contrário
Do que estou dizendo aqui,
Pai Luiz é imaginário
Como a Caipora e o Saci,
Pelo inverno ele parece,
Aparece e permanece
Bem sisudo e curioso
Com o fim de se arranchar
E ao mesmo tempo morar
Na roça do preguiçoso.
O preguiçoso vadio
Depois da roça plantada
Abandona o seu plantio
Sem nunca pegar na enxada,
Pai Luiz chega e se apossa,
Fica por dentro da roça
Sem cansaço e sem fadiga,
Pra ele é grande a vantagem,
O feijão não vinga vagem
E o milho não bota espiga.
Vai semana e vem semana
E o preguiçoso a brincar,
Jogando e bebendo cana
Andando de bar em bar,
Com pilhéria e com lambança
Já não tem mais nem lembrança
O preguiçoso gaiato
Do plantio no abandono
E Pai Luiz é o dono
Da plantação e do mato.
Com seu jeito sisudo,
Cumprindo a sua missão,
Fica por dentro de tudo,
Do mato e da plantação
E o vagabundo na rua
Com a malandragem sua
Vaidoso sempre vaidoso
E Pai Luiz aproveita
Para não haver colheita
E o milho não bota espiga.
Vai semana e vem semana
E o preguiçoso a brincar,
Jogando e bebendo cana
Andando de bar em bar,
Com pilhéria e com lambança
Já não tem mais nem lembrança
O preguiçoso gaiato
Do plantio no abandono
E Pai Luiz é o dono
Da plantação e do mato.
Com seu jeito sisudo,
Cumprindo a sua missão,
Fica por dentro de tudo,
Do mato e da plantação
E o vagabundo na rua
Com a malandragem sua
Vaidoso sempre vaidoso
E Pai Luiz aproveita
Para não haver colheita
Na roça do preguiçoso.
Patativa de Assaré, Melhores poemas
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