Paula Glenadel

Paula Glenadel – Filha

image_pdfimage_print

A menina que, em sustos,
vejo crescer depressa,
que nutro com meus nervos
e que descubro falar, e ser,

me veio de um imemorial
naufrágio
em que perecemos eu e ele:
pequena pérola do pior.

Como o traço oblíquo de luz
riscado sobre uma tela
de nuvens branco-cinza,
figura, tornado agora visível,
o sutil equilíbrio instável
entre dois planos.

Paula Glenadel, A vida espiralada

Você gostou deste poema?

No Comments

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.