Eis-me afinal em plena
suprema confidência
ante minha presença,
anjo impuro que eu amo.
Quanto estéril horror
urge se toco o corpo
que amava desde novo
pois seguro de amor.
Mas não sei me assombrar,
não sei me abandonar…
Ao Deus que não dá vida
peço pra não morrer.
Pier Paolo Pasolini, Poemas