Por que não somes dos meus olhos?
Por que não desapareces de minha mente?
Por que insistes em me atordoar?
Por que insistes em prantear meu sorriso?
Talvez fosse melhor esquecê-la.
Talvez, talvez…
Tantas são as suposições,
Tantos são os meros corações,
Tão pouco são os grandiosos sentimentos de nossa alma.
Mas a vida às vezes é assim;
Semeando esperanças,
Brotando dúvidas,
Florindo decepções.
Gostaria de meu peito dilacerar
Para ver minha alma sangrar
E jorrar meus sentimentos para longe
Para não mais viver em função deles.
Mas não posso.
Vivo a inspirar o perfume venoso de uma bela flor do campo
E a colidir de frente com a angústia e tristeza
E a queimar nas chamas desse inferno vital.
Mas continuo a andar sempre em frente,
E sorrindo, e chorando, e pisando nas brasas
Dessa longa e misteriosa estrada que chamamos de vida.
Rodrigo Rossi, Amores e Dissabores