Rodrigo Rossi – Soneto nº1: A perda
Do tudo ao nada em apenas segundos
O eterno desaba sobre uma vida.
De praxe, sentimentos oriundos
Enchem o abstrato da alma caída
Da boca jorra o sangue da tragédia,
Das mãos, o pudor da separação.
E, transformando nossa alma em comédia,
Caímos no beco da decepção.
O coração já não quer mais bater,
A perna não para de tremular
E até o pranto não quer se conter.
Da vida, parece tudo parar.
A alegria, sem dar sinal, vai embora
E para voltar parece não ter hora
Rodrigo Rossi, Amores e dissabores