A fé na manhã que me amarra
Aos teus cabelos
E meus sentidos
Permanecem ofuscados
por uma neblina, uma calmaria,
Como se os olhos contemplassem
Uma espera à margem
Essa espera que não tem um ponto
Para se revelar
Que não conhece o tempo,
Que independe das estações,
das chuvas, das chamas
Das promessas dissolvidas
Das dissoluções gratuitas
Que nos damos sempre
Por descuido
Por medo
Ou, finalmente,
Por tanto amor
Samarone Lima, O céu nas mãos
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