Eu faço o ponto, quando belo vai o dia,
Para a passante que, com satisfação,
À ponta da sombrinha me fisgaria
O piscar da pupila, a pele do coração.
E acho que estou feliz – um pouco – é a vida:
O mendigo distrai a fome na bebida…
Um belo dia – triste ofício! – eu, assim,
– Ofício!.. – velejava. Ela passou por mim.
– Ela quem? – A Passante! E a sombrinha também!
Lacaio de carrasco, toquei-a… – porém,
Contendo um sorriso, Ela espiou meus botões
E… estendeu-me a mão, e…
me deu uns tostões.
Tristan Corbière, Os amores amarelos
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