Os amigos não se sabiam Barrocos,
nem ao mundo declaravam guerra ou
ressurgiam num movimento neo.
Usavam no entanto, de formas explícitas
para dar a poesia o escárnio que
lhes pareciam propício.
Nem um possível hino a irresponsabilidade
posto na primeira página da agenda,
era por acidente reconhecido.
Preferiam a vida lá fora,
imprudente, apressada.
Copo de limonada,
luz acesa ao meio-dia, contrapondo-se a
todas as manobras de economia.
A seda que sustentava livros encharcados,
possibilitava ainda uma leitura.
Um objeto quando esquece
Mas o ruflar das páginas
carregavam capitulos embutidos.
E assim, eu era complacente com os objetos,
abdicava de lirismos e metáforas
para anunciar meu suicídio.
Procurava lugares não habitados na casa,
quadros não percebidos,
sem perceber que estava dentro de um.
Ygor Moretti Fiorante, Um objeto quando esquece
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