Yitzhak Ben-Gurion – Derretendo de bobo
Moça
Em oração pedi,
Deus sabe, ouça,
Para não lembrar-me de ti.
Ser querido
Não quero,
Ser preterido
Espero.
Para não andar,
Andando por aí,
Derramando-me,
Como água em si.
Para não me desmanchar,
Derretendo-me todo;
Não me diluir, desgastar,
Não me entregar feito um bobo.
Moça,
A Deus, decerto, pedi
Em prece insossa.
Minhas palavras sem fé ouvi.
Que ao querer-te
Não me ouça o grito.
Que ao buscar-te
Te esconda no infinito.
Yitzhak Ben-Gurion, Farofa de poesias